Os comerciantes de
Taquarituba (SP) têm reclamado de queda nas vendas após a implantação de duas
praças de pedágio na Rodovia Eduardo Saigh em Coronel Macedo (SP) e Itaí (SP).
É
o caso da comerciante Zenaide Ferrari Rodrigues, que trabalha com moda plus size
e percebeu que alguns clientes deixaram de frequentar a loja nos últimos meses.
“Eu
percebi que o pessoal deixou de vir depois da inauguração dos pedágios.
Infelizmente a gente está sentindo que caiu o movimento e vendas em 20%”, diz.
O
comerciante Luiz Fernando Beninin tem uma loja de venda e assistência técnica
de celulares em Taquarituba e também percebeu queda nas vendas.
“Caso realmente não tenha melhoria nas vendas, vamos ter que procurar outras
cidades. Em vez de procurar clientes, vamos procurar outras cidades porque
infelizmente o segmento nosso tá afetado com o pedágio”, afirma.
Uma
das principais reclamações dos comerciantes é que os pedágios são perto um do
outro, e que Taquarituba ficou no meio das duas praças. A distância entre elas
é de 26,3 quilômetros.
As praças de pedágio começaram a
funcionar neste ano e já passaram por reajuste de R$ 5,50 para R$ 5,70 para
carros e valor para caminhões leves, micro ônibus e ônibus com até dois eixos
passou de R$ 11 para R$11,40.
De acordo com dados do Departamento
de Estradas de Rodagem (DER), no trecho da rodovia entre Itaí e Taquarituba,
cerca de 5.155 veículos passam todos os dias. Já no trecho entre Coronel Macedo
e Itaporanga, diariamente são 2.412 veículos.
Em
nota, a concessionária que administra a via disse que a localização dos
pedágios de Itaí e Coronel Macedo foi estabelecida pela Agência de Transportes
do Estado de São Paulo (Artesp), que também definiu o reajuste.
Eles
disseram também que o dinheiro arrecadado com os pedágios é usado para obras de
melhoria na pista, além da manutenção dos postos de atendimento ao usuário que
ficam 24 horas abertos.
Informou
também que nos primeiros meses de concessão foram investidos R$ 639 milhões na
rodovia, o que gerou uma diminuição de 12% no número de acidentes. Para os
próximos anos estão previstos que sejam gastos R$ 6 bilhões em obras.